sábado, 30 de novembro de 2013

Dois Tempos



Dance to the Music of Time, Nicolas Poussin, 1634



Quem fica parado é poste

Dito Popular
colhido por Carlos Rigot,
em mesa de bar,
no Recôncavo Baiano,
no Carnaval de 1974.


Primeiro

Nicolau V, Papa
Bula Romanus Pontifex
08 de janeiro de 1454

() Nós, portanto, pesando tudo e especiais premissas com a devida meditação e registrando que desde que nós tínhamos formalmente por outras cartas de nossa concordância entre outras coisas livrado e ampliado a faculdade para o já citado Rei Afonso - para invadir, procurar, capturar, conquistar e subjugar todos os sarracenos e pagãos quais sejam, e outros inimigos de Cristo onde estiverem, e os reinos, ducados, principados, domínios, possessões, e todos movíveis e inamovíveis bens quais sejam guardados e controlados por eles, e reduzi-los à perpétua escravidão e aplicarem e apropriarem para si mesmo e para seus sucessores os reinos, ducados, países, principados, domínios, possessões e bens, e convertê-los para seu uso e lucro. Por terem assegurado a citada faculdade, o citado Rei Afonso, ou, pela sua autoridade, e o infante d. Henrique, de maneira justa e legal têm adquirido e tomado posse dessas ilhas, terras, portos, mares, e eles de direito fazem pertencer ao citado Rei Afonso e seus sucessores. (…) O Rei Afonso mesmo e seus sucessores e o infante podem estar disponíveis para mais zelosamente perseguir e poder perseguir esse mais nobre e pio trabalho, e de mais valiosa perpétua lembrança (que, desde a salvação das almas, aumento da fé, e queda de seus inimigos podem ser proporcionados através disso, nós respeitamos como um trabalho em que a glória de Deus e a fé Nele, e Seu povo, a Igreja Universal) na proporção que eles, tendo sido ajudados de todos os maiores obstáculos, deveriam achar-se apoiados por nós e pela Sé Apostólica com favores e graças. (…)”



Segundo

Francisco, Papa
Exortação Apostólica Evangelii Gaudium ,
26 de novembro de 2013

Paragrafo 190.
Às vezes trata-se de ouvir o clamor de povos inteiros, dos povos mais pobres da terra, porque a paz funda-se não só no respeito pelos direitos do homem, mas também no respeito pelo direito dos povos. Lamentavelmente, até os direitos humanos podem ser usados como justificação para uma defesa exacerbada dos direitos individuais ou dos direitos dos povos mais ricos. Respeitando a independência e a cultura de cada nação, é preciso recordar-se sempre de que o planeta é de toda a humanidade e para toda a humanidade, e que o simples fato de ter nascido num lugar com menores recursos ou menor desenvolvimento não justifica que algumas pessoas vivam menos dignamente. É preciso repetir que os mais favorecidos devem renunciar a alguns dos seus direitos, para poderem colocar, com mais liberalidade, os seus bens ao serviço dos outros. Para falarmos adequadamente dos nossos direitos, é preciso alongar mais o olhar e abrir os ouvidos ao clamor dos outros povos ou de outras regiões do próprio país. Precisamos de crescer numa solidariedade que permita a todos os povos tornarem-se artífices do seu destino, tal como cada homem é chamado a desenvolver-se”.





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