quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Emulação a Dirceu

Quantas estações, exilado, minha flor, Marília bela...
Quantas fronteiras aguardam estas distâncias fatigadas de ausências?
Tão perto esta flor, tão longe o jardim!

Quantos sóis, Marília, quantos desastres e chacinas
Quantos entes, parentes, aderentes terão que sucumbir
Quantas novelas, xeriados da Xena, terão que resistir
Quantas cirandas, financeiras ou não, terão que participar deste tema solidão?

E os dispersivos sonhos que não assinalei...
Que serão destes dias, ponta e novelo, esperança e caos
Quantos, Marília, serão teus, quantos bons, quantos maus?

Peregrino, nada posso senão devaneios em desprovidas horas
Nada posso senão palavras adornadas de murmúrios
Sussurros que imploro ao vento te lembrar.


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