domingo, 17 de janeiro de 2010

Doze Poemetos (Terceira Leva)

VII
No inicio era apenas uma saudade.
De tão irrequieta tranquei-a num sacrário
Para as horas de solidão e infortúnio.
Mas, então, me apercebi
Que era que apenas o desdobrar-me
Na direção de mim mesmo.

VIII
Todos os céus me sobrepõem
Todos os abismos me circundam
Roço a vida com os dedos
Minhas mãos simulam alegrias
Sou uma vítima desse logro
Incapaz de perceber o blefe.

XIX
O nome que me sagra, não direi
Blasfemaria se dissesse
Mesmo porque desconheço
O império que me põe em guarda.
Parto, repleto de tua grandeza,
Com a alma cheia e vasta
Nada há que mais tema
Senão minha fraqueza.


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