terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Doze Poemetos (Quarta Leva)

X
Quando esta rua transbordar
Nos meus olhos restará o vaso
Esquecido da planta que o habitou
E a rua, recomposta de estranhos
Caminhos que a planta almejou
Talvez cante uma suave melodia
Que abafe o ruído do vaso partido.

XI
Se tempo é dinheiro
Eu, que já vivi bilhões de segundos
Sou um tremendo capitalista.

XII
Não tenho mortos para enterrar nem túmulos para enfeitar...
Um dia voarei através das nuvens, atravessarei o mar
E sereno em muitas brisas não cederei à vertigem das fronteiras
Serei bem vindo em tantos braços, bafejado em quantos dons
Dedos diligentes e mansos balsamarão minhas asas com unguentos virginais
Longe, verei o dia e a noite recriarem suas órbitas,
E em uníssono as estrelas dançarão boas vindas em minha íris...


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