Mostrando postagens com marcador Horizonte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Horizonte. Mostrar todas as postagens

sábado, 23 de setembro de 2023

bonito é nascer

 

Sol Nascente, Anton Prinner, 1944



luzes na cidade

transição: meia-noite

dois mundos em fricção


mortiços olhos buscam

o horizonte desde cá

coroado de ausências


pular a janela

correr rua afora

incomodar o silêncio…


distante o grito

tudo é vazio

tudo é lugar…


daí o retorno

cicatriz adoçada

eterna no punho


começar de novo

livre é a dor

e a graça do poema


meia-noite:

cidade acesa

tão bonito nascer


 

sábado, 28 de maio de 2022

instante 48

 

Caminhante sobre o mar de névoa, Caspar David Friedrich, 1818 
Releitura feita por Kim Dong-kyu, 2013




olho o horizonte:

infinito e nada

sou eu, atônito…


não fosse haver espanto

jamais perguntaria o que sou

para onde vou…


tem muito o que explicar

esse vazio… cada vez que dói


meio em paz com minha mente

distante de tudo que é familiar

me junto aquilo que desconheço

arranjo coragem

alcanço a liberdade plena

nas asas de borboletas virtuais



sábado, 23 de abril de 2022

hábito de mistério

 

Vertical-Horizontal I, Hedda Sterne, 1963




olho o horizonte…

apenas infinito e nada:

ambos sou eu

alheio


não fosse o oponente

tolher a passagem,

jamais perguntaria

pra onde vou ou o que sou…


tem muito o que explicar

esse vazio

cada vez que dói


uma, duas, “n” vezes

voltarei

a encarar o horizonte

preciso conhecer

tudo que desconheço