sábado, 23 de abril de 2022

hábito de mistério

 

Vertical-Horizontal I, Hedda Sterne, 1963




olho o horizonte…

apenas infinito e nada:

ambos sou eu

alheio


não fosse o oponente

tolher a passagem,

jamais perguntaria

pra onde vou ou o que sou…


tem muito o que explicar

esse vazio

cada vez que dói


uma, duas, “n” vezes

voltarei

a encarar o horizonte

preciso conhecer

tudo que desconheço


 

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