sábado, 30 de maio de 2020

nu

Nude, Marc Chagall, 1913



a alma cheira o ar

a brisa que vem de ti


no solo

o arrepio

frio

viaja

e sacia


visto-me de universo

e nu

adoro sonhar

o jeito brando do teu afeto


morra eu

ressuscite e nasça

e renasça e nasça outra vez

quantas vezes

os dias que tive

que tenho e terei

que te esperar

desperto

diante da porta

aberta

tais lembranças

os teus beijos

(brilho e substância)

e o teu conchego alecrim



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