Penelope, David Ligare, 1980
chega
da angustia que me assola
esse
desgosto que trago
ardendo
vadio
perdido
no peito
embaraço
e estrada…
tantos
tropeços
idas
e vindas
e
nesse enredo tecido no ódio
quero
ser
ninguém
e
resistir
na
(re)lembrada
astúcia
no
ansiado (re)encontro
em
tudo que há para
recuperar
e
(re)fazer melhor e prosseguir...
a
casa existe
para
voltar?
é
pra ela que devo ir
a
ilha permanece
no
seu lugar?
é
pra lá que devo seguir
o
amor restou
para
amar?
é
por
ele que devo persistir
antes
que esqueça de contar
a
história futura
de
tudo que há
para lembrar…
chega
de angustia:
limpo
a garganta e regresso
ao
canto
essa
esperança
onde
serão (re)conhecidas
todas
as cicatrizes que pulsam
sumidas
na
minha pele cansada
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