sábado, 6 de julho de 2019

três estados de felicidade


The Happy Land, Pierre Puvis de Chavannes, 1882



fiz pouco
não pude tanto
caminhei por perto
pratiquei navegação costeira
rocei apenas a superfície das coisas

e embora tenha acariciado palavras
dito com ternura certos versos
estive todavia ausente de gestos
espectador no desfile de utopias

tão próximo o futuro agora enxergo
com a ponta dos meus dedos posso tocá-lo
e se nada mais é necessário esconder
digo que descobri
que de todos os estados de felicidade
mais vivi apaixonado
outras vezes embriagado
que quase me rejeitava a mágica
da esperança realista que me anima agora



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