sábado, 17 de novembro de 2018

delírio matinal 8º dia



Still Life with Spherical Mirror, M.C.Escher, 1934



… e me criei
enfim
:eis-me aqui

... e por partilhar
a grama do vizinho
decidi
pintar a sala de azul
no limite
entre um pensamento e outro
exatamente
na fresta
por onde escapo
de tudo
de todo jugo
e inauguro
um sobrevoo
sobre o abismo
esse enigma
branco
cheio de dentes
antro
goela
inverso
por onde entro
outro
e saio
noutra
eu mesmo


Um comentário:

  1. Meu caro sua poesia é instigante e nos faz refletir que nos caminhos percorridos em nossas vidas haverá espinhos que podem nos machucar, mas há também a beleza e esplendor da natureza que nos presenteia com grandes surpresas. Grande abraço.

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