The Devil and Eve, Felicien Rops, 1860
Primeiro,
Promete-lhe
o Céu e a Terra.
Depois,
amor sem fim.
E
para coroar sussurra:
–
Serás a Mãe do Futuro,
A
origem de onde surgirá
Uma
linhagem nova
Disposta
a te exaltar
Por
todos os séculos
Até
os confins da Eternidade.
Ela
olha no fundo daqueles olhos rasos
E,
prontamente, responde: - Não, obrigada.
Mimado,
toma-a pelos ombros,
Rasga-lhe
as vestes, esmurra-lhe a alma
E
ofendido profana a Terra, uma, duas… trinta vezes
Não
pelo desejo mas pela atrevida ousadia.
Satisfeito,
cospe seu nojo serpente
Diante
da audiência que aplaude
O
dogma que lhe nasce no ventre
A
urrar seu nome de besta: puta, vadia!
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