sábado, 20 de setembro de 2014

Pequenos Prazeres

A Menina do Olho Roxo, 
Norman Rockwell, 1953



A felicidade é uma colcha de retalhos.
Cada pedaço, um pequeno prazer”.
Entreouvido num coletivo.

Suco de maracujá bem gelado.

Assistir qualquer filme do Quentin Tarantino.

Despedir-se da mulher amada segundos antes de despertar.

Comprar livros por impulso.

Vestir uma roupa nova.

Ganhar aquele tênis maneiro e dormir calçado quando se é menino.

Viajar sem destino.

Ir à praia só pra ver o mar.

Desejar morrer e não morrer.

Ler poemas de Pessoa e/ou Manoel de Barros.

Acordar após um pesadelo.

Cochilar depois do sexo.

Chegar em casa.

Esquecer de tudo no dia seguinte ou no máximo dois dias depois.

Ouvir Elomar.

Responder a um bom dia num bom dia.

Ter uma ideia.

Fazer listas, planilhas, tabelas e gráficos por esporte.

Tirar o som da TV durante uma partida de futebol e ouvir a narração pelo rádio.

Poder exagerar e não exagerar.

Lembrar sempre da estranheza e imperfeição porém regozijar-se com o engenho e a arte humana.

Ler Kant, Schopenhauer e Nietzsche e voltar sempre.

Abandonar velhos hábitos ou vícios apenas pra adquirir novos.

Vez por outra abrir um livro de matemática certo de que vai finalmente aprender.

Elaborar argumentos perspicazes e irreplicáveis para nocautear um oponente.

Criar histórias para um estranho.

Saber que ninguém lerá meus pensamentos.

Sentir o infinito e encontrar um cais.



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