terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dúvida

Ah, se este tranquilo transeunte
Ignorando suas medidas satisfações
Permitisse minha cabeça no seu ombro...

Eu choraria por certo
E traçaria incerto
Em palavras poucas, ralas
Um perfil de você.

E enquanto a cerveja
Regasse nossas fantasias,
As vozes dos automóveis
De tão roucas calariam.
Uma lua, cúmplice, surgiria
E aplaudiria nossa embriaguez.

E quando o bar fechasse,
A cidade dormisse,
Nós, bêbado de ti,
Solitários,
Gritaríamos teu nome.

E em mim
Um oceano
Ecoaria em dúvidas:
Que há com a noite
Que me separa de ti?


Nenhum comentário:

Postar um comentário