De um lado as Forças do Progresso: comunistas, socialistas, trabalhistas, social-democratas, anarquistas, ecologistas, ateus, agnósticos, cidadãos de todos os credos e cores engajados na defesa dos interesses dos menos favorecidos, na luta contra a desigualdade, a opressão, a discriminação, na afirmação prática da regra de ouro: “não faças ao outro aquilo que não desejas para ti”…
Por outro lado, as Forças da Reação, apoiadas pelo grosso das forças armadas, profissionais da violência, milícias, judiciário, ministério público, mídia oligopolizada partidária e dependente, banqueiros, capitalistas, seitas apocalípticas, oportunistas de todos os quilates, uma pancada de gente fodida que dissemina desinformação, mentiras, teorias da conspiração paranoica e que enaltece a hegemonia de um estado fundamentalista nos costumes, liberal na economia e totalitário na política, sob a sombra de Ronald Reagan, Margareth Thatcher, Pinochet, Darth Vader e a Estrela da Morte…
E, no meio disso tudo, o povo.
E o que deseja o povo? Nada demais… Casa, comida, carro, computador, celular, televisão de plasma, encher o carrinho de supermercado uma vez por mês, viajar de avião, dinheirinho no banco para emergências, saúde e educação de qualidade, dignidade, cidadania, respeito, segurança, internet de alta velocidade a preço camarada…O povo quer viver o mais normal possível, tal qual qualquer classe média que se preze.
Afinal, não foi pra isto que, lá atrás, combinamos que a Justiça é cega, igual para todos, que o Estado é laico e que o poder emana do povo e em seu nome será exercido?