Com a colaboração do meu ghostwriter “Garganta Profunda”
Era uma vez um alguém que pregava Lei e Ordem certo de que regras são como sardinhas: ótimas para os outros, mas ele mesmo jamais se sujeitaria ao cheiro.
Ah, os defensores da lei e da moralidade… até a lei chegar neles.
A mesma voz que estrondava “bandido bom é bandido morto” agora embarca, num avião da Patriot Escape Airline, rumo a um autoexílio regado a pix da malta — aqueles que babam por justiça seletiva e amam inventar malabarismos mentais para chamar covardia de heroísmo.
Porque o fascistoide de estimação nunca aceita o jogo quando perde. Se a democracia o condena, a democracia é “um erro”. Se a Justiça o alcança, a Justiça é “esquerdista”. Se a fuga é a única opção, então “Deus quis assim”.
Quando a Justiça — aquela entidade teimosa que insiste em funcionar de vez em quando — condenou “maria ninguém” a dez anos de prisão, ela não hesitou: “por que cumprir a lei quando posso criticá-la em live no interior dum apartamento de luxo emprestado por um bilionário, nos confins da velha Miami de guerra”?
Seus seguidores, é claro, logo encontraram explicações dignas de roteiro de filme B: “Está em exílio político, missão diplomática”.
E lá se vai ela, de mala cheia e princípios vazios, para uma terra de promissão e impunidade — porque patriotismo, no fim das contas, sempre foi só um disfarce para “minha vantagem primeiro”.
Enquanto isso, seus colegas de parlamento continuavam a votar leis “antifuga de criminosos” — uma ironia que, se for tempero, certamente estragará o feijão.
E o gado aplaude: “Coitada, vítima do sistema!” O mesmo sistema que ela jurou combater, até ele começar a funcionar.
A “maria ninguém”, agora “vítima ativista” internacional, posta fotos sorridente no seu “exílio”, enquanto condena “a ditadura da toga que assola o Brasil a soldo do comunismo. O detalhe? Seu visto era de investidora — porque nada combina mais com patriotismo do que converter dinheiro público em passaporte dourado.
Moral da história: Se a Justiça bater à sua porta, tenha um aeroporto de reserva. E, se possível, chame isso de “resistência”. Funciona.