sábado, 23 de fevereiro de 2019

areia entre os dedos


The Storm, Auguste Rodin, 1886-1901



na vida
tudo tem seu tempo
de tempestade…
nessa forja
raios
trovões
ventos irrequietos e ligeiros
moldam
uma ideia urgente...
um cristal
daí
jamais desprezo
qualquer pensamento
por mais maluco
banal
esdrúxulo que seja
sigo em animá-lo
a visitá-lo
empático
com sentidos fluídos e frequentes
na busca do possível
(esse pequenino diamante)
incrustado na rocha bruta do instante…
porém, no mais das vezes
consigo apenas
areia
entre os meus ansiosos dedos
mas aí
finalizo uma praia
onde sossego
o nada que desprecisa acontecer



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