sábado, 26 de setembro de 2015

Quantum de Dor

Cruel Jogo de Xadrez
Jean David
1977


De mais velhos ou mesmo de livros, desde tempos,
Ouço falar que devemos proceder com honra perante adversários.
Que até inimigos devem ser tratados de modo justo.

Aquele que desrespeita, que destrata,
Aquele que humilha, que se deixa conduzir pela ira,
Que destila e propaga ódio, conspira contra a humanidade.

Desta forma, o pior entre nós
Recebe sobre si a vaia e a repulsa do mundo
Por desequilibrar fundamento da Justiça.

Vilões são comuns no cinema.
No roteiro, contribuem para que o herói
Busque e alcance o melhor das suas forças,
Faça o possível e, principalmente, o impossível
Para restaurar o bom senso e o equilíbrio da existência.
Mas assim que ultrapassa o limite da ofensa
Assim que nos obriga, por empatia, a irmos além do quantum de dor,
Daquele tanto que cada um de nós suportaria,
O bandido perde a graça e alcança finalmente o desprezo da plateia.




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