domingo, 15 de julho de 2012

Instante XI


L'Ange du Foyer, Max Ernst, 1937




Estala, meu coração, mas seja brando
Preciso terminar o poema.
Por que a pressa? Não te apoquentes
Se queres estalar, estala
Mas, estala feito casca de semente.

Estala, mas não estales inutilmente
Nem deixe que a dor súbita te cause espanto
Por que a dor, esta dor, nunca tem pena
É sempre igual, dor é dor e não combina
Com o que tu, meu coração, dizes que sente.  




4 comentários:

  1. Essa pintura surrealista que voce usou pra ilustrar o poema e' realmente curiosa,
    L'ange du Foyer e' traduzido pro ingles como "O Anjo da casa" e li uma analise do quadro que se encaixa bem no poema.
    http://aestheticreflectionsofart.blogspot.com/2011/11/lange-du-foyer.html
    traduz pelo google.

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  2. Casca de semente quando estala é para presentear com vida o mundo!

    Abraço do Pedra

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