sexta-feira, 4 de março de 2011

Instante V

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Morrerei um dia.

O tempo que esperei
Valeu, penso
Logo que parto.

Produto exclusivo do acaso
Numericamente inconcebível
Das conjunções, o imponderável
E no entanto, incerto, eis que vivo

Quantas jornadas
Indas e vindas tantas...?

E esta singularidade,
Entropia que me aguarda
No entanto...




4 comentários:

  1. Poema que se pode dizer preciso. Não é necessário ser caudaloso, para dizer com tanta propriedade como neste texto.

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  2. mas que parta ainda quero curtir de ti um abraço pessoalmente, não vais negar a esta súdita este ´prazer real.
    Chega de sutilezas com a morte.
    Devemos convivermos bem com ela como com a vida amá-la igualmente pois não são as duas coisa mais verdadeiras em nossas vidas?
    Um bom carnaval, ou um bom descanso.
    Beijos com sincera predileção.
    Íris Pereira

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  3. Obrigada , vi que colocou meu link aqui no teu reinado, me honra tanto que fiquei sem saber o que dizer
    isto só me faz pensar que subi mais um degrau...
    Beijos

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  4. Sublime! Parabéns, caro Paulo; poema inspirador e que faz bem à reflexão.

    Abrção.

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