domingo, 20 de fevereiro de 2011

Instante II

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Desnudos sentidos me despertam
Uma canção abismada de oriente.

Surpreso, busco retê-la malogrado
Tola mágica que afixe o silêncio
Numa cantiga abusada de mistério

Sombras bruxuleiam e me captam
Rumos arrancam-me em alentos
Cedo à cata de algo que me some

Cerram-me os olhos, rotos de ver,
Rotineiros olhos que me ramam
No sussurro desse oceano brando

Brilhos e clarões ingentes e castos
Nomes sóis pulsantes de pronúncias
Sintaxe pura, auroras revivescidas

Convocadas no eco desta chama
Cavo é o que resta da história
Um fonema em forma de paisagem.


Um comentário:

  1. Você está a construir, com este poema (II), uma teia de sonoridades e significados associados ao anterior (I), em que a metalinguagem constrói um texto de muita expressividade.

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