quarta-feira, 14 de julho de 2010

Disritmia

Se entre a fala e o gesto
Sobra espaço, que faço
Entorto a vida ou pari passu

Boca, refreia tua língua
Frívola

Mão, segura o teu braço
Voraz

O inferno brutal do instante
Incendeia a vontade

Cega a frágil chama
Que vela envolta de caos

- Brilha, brilha, estrelinha

2 comentários:

  1. Puxa vida, Paulo; que poema bonito, forte, incrível! Juro que em certo instante, entre uma e outra estrofe, lembrei de Augusto dos Anjos; mas é que os escritos fantásticos lembram mesmos outros textos fantásticos.

    Eu gosto do teu estilo de escrever, detalhista, refinado e reflexivo...

    Um abraço, caro amigo.

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  2. Novais já disse tudo. Dezenove de julho vós, vinte, euzinho aqui. Trate de nos homenagear.

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