Best Friends, Roger Ballen, 2016
Era
uma colônia de ratos, o paraíso dos ratos: um espaço onde os
roedores tinham abundância de comida e água, bem como um grande
espaço habitável. Começou com quatro casais de ratos que começaram
a se reproduzir. Logo, a população cresceu rapidamente.
Após
315 dias, a reprodução começou a diminuir significativamente.
Quando o número de roedores atingiu 600, formou-se uma hierarquia
entre eles e então apareceram os chamados “miseráveis”.
Os
maiores roedores começaram a atacar o grupo, resultando que muitos
machos começarem a “colapsar” psicologicamente. Como resultado,
as fêmeas se protegiam e, por sua vez, tornaram-se agressivas com as
crias.
Com
o passar do tempo, as fêmeas mostraram comportamentos cada vez mais
agressivos, arredias e sem apetite pela reprodução. Houve uma baixa
taxa de natalidade e, ao mesmo tempo, um aumento da mortalidade em
roedores mais jovens.
Então,
surgiu um novo tipo de roedores machos, os chamados "ratos
bonitos". Eles se recusaram a acasalar com as fêmeas ou "lutar"
pelo seu espaço. Tudo o que importavam era comer e dormir. Em um
momento, “machos bonitos” e “fêmeas isoladas” constituíam a
maioria da população. Com o passar do tempo, a mortalidade juvenil
atingiu 100% e a reprodução chegou a zero.
Entre
os ratos ameaçados de extinção, observou-se homossexualidade e, ao
mesmo tempo, o canibalismo aumentou, apesar de haver abundância de
comida. Dois anos após o início da experiência, nasceu o último
bebê da colônia.
Em
1973, morreu o último rato do Universo 25. O psicólogo John Calhoun
repetiu a mesma experiência 25 vezes, obtendo o mesmo resultado.