The Captive Slave, John Simpson, 1827
“Tire
seu sorriso do caminho
que
quero passar com minha dor”
Nelson
Cavaquinho, A Flor e o Espinho
ouça,
amiga, a poesia é triste…
justifica, atenua
legitima a dor...
sente
a causa
quem
sente a tristeza do mundo
evoco
Rubens Alves e
sua epifania
(no
conto
“ensinando a tristeza”,
inspirado
no
Eclesiastes
7:3
e,
principalmente,
pela
observação
que
lhe faz uma
neta entendida
de
compaixão):
“aquele
alegrinho
que
está o tempo todo esbanjando alegria
dizendo
e querendo ouvir
coisas
engraçadinhas
é
um flagelo… perto deste
perdemos
a liberdade de ser triste”
pois
é, o
alegrinho
é
um
aleijão
empático,
solidário
apenas
consigo
mesmo...
desconhecido
da
compaixão,
resta
a este alienado narciso
reivindicar,
atrevido
e
irresponsável,
que
a sua alegria nos seja a prova dos nove:
ilegítima
pretensão.
é
que faltou-lhe
perceber
que
a
alegria
não
brota
da vontade
de
um movimento individual da vontade…
-
a
alegria, poetas
é
filha
dileta
da
dor!