gente,
vivi pra ver e ouvir
Armandinho, Yamandu, Borghetti
e a Sinfônica Jazz
na Sala São Paulo
(numa transmissão televisiva):
um deslumbrante desbunde
– eita Brasil
poderes continuares lindo, tão?!
gente,
vivi pra ver e ouvir
Armandinho, Yamandu, Borghetti
e a Sinfônica Jazz
na Sala São Paulo
(numa transmissão televisiva):
um deslumbrante desbunde
– eita Brasil
poderes continuares lindo, tão?!
a alma é vasta
dificultosa jornada…
quem atinge metade do caminho?
sem a ajuda da poesia
mãe de infinitos, ó gente!
ah, rouxinol, tu não tens sexo…
– anjo que abrandas, paterno
as cruezas da alma
e quanto a ti, cotovia
te bem sei graça, repertório
sublime da liberdade…
trindade maviosa:
estremece o coração,
desperta no sonho
inesperada melodia,
súbita compreensão…
lembro que a gente era
criança
a rir
no céu de nós e
brincávamos
que o amanhã
jamais viria tarde demais…
… lembro que a gente corria
após a porta da rua
e no descanso ficávamos
a sonhar
aquilo que não faríamos
e nem imaginávamos ser parte
das vidas que levamos agora
ah, mainha
fazer música é tão legal: basta sofrer
e lembrar, com paixão,
que tudo é faz de conta…
… viver, que deve ser bom mesmo
sinto
não faço ideia do que seja
gosto do barulho e da rapaize
chico science
jorge ben
tim maia
e o funk como lhe gusta… urdia
afe maria
tô no fole
e tu num vinha
gosto desses caminhos todos
sons inaugurais
batidas ancestrais
nubladas tardes e solícita
a perspectiva dalgum verão… inicia
afe maria
tô no fole
e tu num vinha
porque hei de desamar
o que aquece o coração?
esse batuque no limite circular… unia
afe maria
tô no fole
e tu num vinha
o poema é flagrante
no mero instante
respiro a incerteza
desta frágil expressão
mas há certeza no improviso
pulsa neste refrão
é pra ser música
baticundum, meu coração