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sábado, 15 de março de 2025

está na hora

 

Imagem gerada pelo ChatGPT


está na hora

da democracia romper as algemas

abrir os armários, deixar o vento levar

o pó dos coturnos que inda pisam nossa história

está na hora

de apagar do currículo das academias

as lições de medo e silêncio

de plantar nas cabeças dos quartéis

as sementes da civilidade.

está na hora

de viver para além do golpe,

do autoritarismo que assombra

das torturas que ecoam

das mortes que clamam: nunca mais!


o brasil, com sua dança,

sob a brasa do olhar dos cachorros loucos,

quer transformar pendengas em passos

soberania em abraço

dialógo em ponte

cooperação em festa mas

surja alguém

trazendo nas mãos os impasses

e ameaças nos dentes

erga-se da justiça a clava forte

a luz que corta a escuridão…

não fugiremos pois

não tememos quem cultua a morte,

o brasil conhece seu direito de existir

junto e misturado

no carnaval em que somos inventados

onde a diversidade não é máscara

para esconder desigualdades

nem sombra para ignorar conflitos.


 

sábado, 14 de agosto de 2021

Tomem tento, companheiros

 

Google Imagens

 

Vou cancelar meu telefone fixo.

Tempos atrás, ligavam para minha casa e simulavam sequestro de filha minha – “Papai, papai…”!

Deram um tempo neste golpe. Agora, começaram as ligações de uma “central de segurança de cartão de crédito”.

Bem falantes e articulados, me avisam que foram feitas compras em meu nome, se eu as reconheço coisa e tal… caso eu desconfie, fornecem, solícitos, um número de protocolo e pedem que eu anote.

Dia desses foram quatro ligações.

Pensei num texto-resposta para a próxima investida: “Consciência de classe, pessoal: que tal ligarem para o pessoal do alto escalão nas altas esferas – banqueiros insaciáveis viciados em lucro; empresários sonegadores; generais metidos a besta promovidos a marechais e suas filhas solteiras; altos salários do judiciário cheios de penduricalhos; donos da imprensa, seus jagunços e lacaios; coronéis ocupando postos de segundo escalão no governo e recebendo em dobro; deputados e senadores mamadores de emendas no orçamento e arquitetos de grandes jogadas em licitações; milicianos fantasiados de policiais defensores da lei e da ordem sempre atrás de um por fora; pastores neopentecostais com programas na televisão doidos para uma boquinha em ministérios; sindicalistas de resultados…”

Quem sabe assim eles desistem mim, aposentado que, se não fosse a abnegação e luta de uns poucos em fazer valer a cidadania e a justiça social, a muito teria sentado praça nas hordas do desespero.

Aos larápios menores do meu país, por favor: se vocês não têm coragem nem competência para chegar nos “donos” da bagaça que nos assola, não sois bandidos de verdade e só me resta a decepção de ver que o pé-de-chinelo continua a pagar um preço mais alto pelo pato que jamais irá saborear nas cadeias superlotadas do nosso país ou nas valas comuns de cemitérios clandestinos.

Tomem tento, companheiros!