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sábado, 14 de agosto de 2021

Tomem tento, companheiros

 

Google Imagens

 

Vou cancelar meu telefone fixo.

Tempos atrás, ligavam para minha casa e simulavam sequestro de filha minha – “Papai, papai…”!

Deram um tempo neste golpe. Agora, começaram as ligações de uma “central de segurança de cartão de crédito”.

Bem falantes e articulados, me avisam que foram feitas compras em meu nome, se eu as reconheço coisa e tal… caso eu desconfie, fornecem, solícitos, um número de protocolo e pedem que eu anote.

Dia desses foram quatro ligações.

Pensei num texto-resposta para a próxima investida: “Consciência de classe, pessoal: que tal ligarem para o pessoal do alto escalão nas altas esferas – banqueiros insaciáveis viciados em lucro; empresários sonegadores; generais metidos a besta promovidos a marechais e suas filhas solteiras; altos salários do judiciário cheios de penduricalhos; donos da imprensa, seus jagunços e lacaios; coronéis ocupando postos de segundo escalão no governo e recebendo em dobro; deputados e senadores mamadores de emendas no orçamento e arquitetos de grandes jogadas em licitações; milicianos fantasiados de policiais defensores da lei e da ordem sempre atrás de um por fora; pastores neopentecostais com programas na televisão doidos para uma boquinha em ministérios; sindicalistas de resultados…”

Quem sabe assim eles desistem mim, aposentado que, se não fosse a abnegação e luta de uns poucos em fazer valer a cidadania e a justiça social, a muito teria sentado praça nas hordas do desespero.

Aos larápios menores do meu país, por favor: se vocês não têm coragem nem competência para chegar nos “donos” da bagaça que nos assola, não sois bandidos de verdade e só me resta a decepção de ver que o pé-de-chinelo continua a pagar um preço mais alto pelo pato que jamais irá saborear nas cadeias superlotadas do nosso país ou nas valas comuns de cemitérios clandestinos.

Tomem tento, companheiros!