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sábado, 16 de julho de 2022

exercício de beleza

 

Google Imagens


a família gil é linda

e, que nem na canção,

continua linda, continua sendo…



a família gil somos nós,

passado e futuro redimidos

harmonia entrelaçada em nós

tal qual um destino, uma sina

longe, bem longe do odor das bestagens da besta



quero fazer parte da família gil

rir que nem ri a família gil

cantar como cantam

brincar como brincam

amar como amam

viver como vivem

a posar bem na foto

que só a família gil é capaz de posar



a família gil é um presente

brasileiro, genuíno, além de todo truque

não tem pegadinha na família gil

não existe surpresa ou estranheza

na família gil, tudo ali é,

nada é obscuro, não existe subterfúgio

muito menos ardil…

com a família gil não existe paradoxo

ninguém ali viajaria no tempo

com o propósito de impedir o encontro

da dona Claudina Passos com o ‘seu’ José Gil Moreira

e a gênesis da Bela, Flor, Sol, Sereno, Bem…



brisa refrescante e fecunda, a família gil

habita o extremo oposto das tempestades

lugar gentil, tal qual

um dia de festa em qualquer lugar do mundo

possível, ao lado de parentes, amigos, aderentes,

colegas, conhecidos, vizinhos e transeuntes

e de quem mais queria chegar

e botar fé nos deuses

na força dos orixás

honrar e celebrar

o sacrifício ético

exercício de transubstanciação

da arte de ser

nada além

que mero humano


 

sábado, 19 de junho de 2021

fantasmas comensais

Sagrada Família, André Reinoso, séc.XVII



a mãe

(encardido sol)

batalha      o sustento

a fama

o futuro

do rebento… a mãe

tão linda

mais não pensa

no pai…      pensa na casa

esquecida         na discrepância

no disparate

na incongruência que é o pai…

e chora      escondida

a mãe


aflita      em rotinas      insone

flerta com absurdos 

e     desesperadamente esperançosa

inventa pesadelos     histórias      e arquiteta

enigmática

o futuro     a fama      o sustento do rebento…


à criança, a mãe suplica

desacordada

(enquanto consulta cartas):

- distraia meus fantasmas

(...)

- mas eles não somem, mãe


eis que a cria      ao se dá por presa

  perdida      abre a janela…